quinta-feira, 8 de outubro de 2009
CONSTRUTIVISMO RUSSO EM CHAPECÓ
Art Nouveau
- A Arte Nouveau vem de formas vegetalistas;
- Vem da necessidade de exprimir uma nova era de modo adequado;
- Curta duração, mas muito expressivo;
- Buscou seu modelo na natureza;
- Refere-se mais a decoração de interiores e ilustração do que arquitetura propriamente dita;
- Características: linhas curvas das árvores e pétalas entrelaçadas;
- Movimentou profundamente a estética moderna;
- Na arquitetura essas formas vegetais da natureza foram transportados para novos materiais de construção: vidro, ferro e uma vez que se colocavam os novos materiais construtivos sem revestimento misturando com tijolo, pedra aparelhada ou mármore (até então desconhecido);
- Diversos nomes: Arte Nouveau (França), Arte Nova (Português), Modem Style (Inglaterra), Style Liberty (Itália), Modernismo (Espanha);
- Construções em ferro, os pilares apresentavam curvatura de grande elegância, dominavam vidro que pareciam pedras preciosas, de padrões florais, estilizados ou com formas vegetalistas (seu efeito é realçado pelo colorido e delicado), tendência de decoração excessiva do tipo Rococó;
- Mosaicos de formas movimentadas, com pedaços de vidros e azulejos;
- Peças de cerâmica;
Inspiração
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Um dos destaques da arquitetura construtivista é Konstantin Melnikov, projetando obras como o Clube Rusakov (Moscou, 1928) e o pavilhao soviético da exposição de Art Decô ( Paris, 1925) .
O construtivismo russo, apesar de ter sido interrompido na Rússia com a imposição do realismo socialista pela ditadura de Stalin, ainda inspira arquitetos contemporâneos, como Zaha Hadid e Daniel Libeskind.
Comparações também podem ser feitas a partir de exemplares da própria arquitetura brasileira:
Mostra-se aqui a "casa praça", obra executada por Maculan e Moraes em Nova Lima, Minas Gerais.
Percebe-se que a residência exibe um rompimento da grade convencional, através da inserção dos planos inclinados como elementos que criam uma identidade que igualmente remete ao ideário construtivista.
Acessar o artigo que mostra detalhadamente o projeto desta casa
Assim, mais uma vez, retoma-se a idéia que o construtivismo russo, apesar de ter sido dissolvido, perpetua-se através de diversas obras e arquitetos contemporâneos que o têm como fonte de inspiração.Assim, trata-se de um movimento de vanguarda bastante significativo e que revela clara influência sobre a arquitetura contemporânea.
E você, conhece alguma obra contemporânea que lembre o construtivismo russo? Faça comentários e participe você também dessa discussão.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
NÔMADES DO TEMPO
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sábado, 3 de outubro de 2009
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Universidade de Virgínia
Obra: Universidade de Virgínia
Localização: Charlottesville, EUA
Construção: 1817 - 1826
Arquiteto: Thomas Jefferson
O prédio da Biblioteca da Universidade da Virgínia é uma obra que remete, em suas características plástico-formais, a características compositivas de outras obras da antiguidade, fazendo parte do chamado "classicismo americano".
Mas o fato mais surpreendente desse prédio é a semelhança exacerbada que estabelece com o Panteão romano, edifício da Antiguidade Clássica, construído em 27 a. C.
Enquanto o Panteão foi construído em pedras, o prédio da Biblioteca é edificado usando alvenaria de tijolos e acabamentos em estuque branco.
Apesar de ter sido construído na metade da escala do Panteão, o prédio da Biblioteca da Virgínia revive as mesmas proporções matemáticas nele presentes, como a equivalência entre o diâmetro da rotunda e a altura da cúpula.
“... uma rotunda com pórtico inspirada no Panteão, na Virgínia interpretado como Panteão democrático, templo laico da sabedoria depositada nos livros.” (RODRIGUEZ LERA, 2006.)
Assim, enquanto o Panteão é o templo de "todos os deuses", a Biblioteca de Virgínia, em sua majestosidade, apresenta-se como o templo do saber.
Mas algo nisso tudo nos provocou um questionamento: ao se elaborar o projeto da Biblioteca da Universidade de Virgínia, não se pensou nos quase dois milênios que a separam da época em que o Panteão de Agrippa foi erguido? Assim como a sociedade evolui em suas diversas áreas do conhecimento, também as técnicas e conhecimentos construtivos evoluem, e por conseguinte os estilos arquitetônicos deveriam constantemente buscar a originalidade, e não a simples repetição de padrões passados sob uma linguagem no mínimo antiquada.
Seria ético na contemporaneidade tentar reviver épocas passadas através dos elementos que compõem a forma de um edifício? Infelizmente isso ainda se faz muito presente nos edifícios que estão ao nosso redor.
REFERÊNCIAS
RODRIGUEZ LERA, Ramón. Breve História da arquitetura. Lisboa: Editorial Estampa, 2006, p. 174.
GLANCEY, Jonathan. A história da arquitetura. São Paulo: Loyola, 2001, p. 124-125.